27 ago, 2024 | Economia, Gestão de pessoas

Preço médio da refeição completa fora do lar, com bebida, café e sobremesa, ultrapassa os R$ 50,00

Pesquisa foi realizada nas cinco regiões brasileiras, 22 Estados e no total de 51 cidades e é a mais abrangente do país 

São Paulo, 29 de julho de 2024

O preço médio da refeição completa fora do domicílio ultrapassou R$ 50,00 no Brasil, de acordo com a pesquisa anual realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT).  O valor médio da refeição completa ficou em R$ 51,61, 10,8% maior do que em 2023, mantendo-se entre R$ 45,00 e R$ 50,00 em todas as regiões, à exceção da região Sudeste que apresentou o maior valor, de R$ 54,54.  

O estudo considera refeição completa a composta por um prato com 500 gramas consumido num self-service, acompanhada de bebida não alcóolica, sobremesa e cafezinho.   O preço mais alto entre as capitais foi registrado em Florianópolis (SC) que atingiu R$ 62,54, valor 11% acima do ano passado e quase R$ 11,00 maior do que a média nacional. Outros destaques são o Rio de Janeiro (RJ), com R$ 60,46, e São Paulo (SP) que apresenta o preço médio de R$ 59,67. 

No total foram pesquisadas 51 cidades, de março a maio de 2024, em 4.502 estabelecimentos, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal e com 5.640 preços coletados. A pesquisa foi encomendada pela ABBT à empresa Mosaiclab, especializada em inteligência de mercado. Os valores dos preços médios da refeição completa e as respectivas variações por região estão a seguir:  

Tabela 1: Preço médio da refeição completa por Região 

PREÇO MÉDIO BRASIL R$ 51,61  ( + 10,8%) 
SUDESTE  R$ 54,54 (10,6%) 
NORDESTE  R$ 49,09 (12,7%)  
SUL  R$ 48,91 (14,2%) 
NORTE  R$ 45,41 (7,4%) 
CENTRO-OESTE  R$ 45,21 (8,3%) 

 

Para calcular o preço médio, a pesquisa considera os preços das quatro categorias mais comuns na alimentação fora de casa do Brasil, sempre de acordo com o prato principal, bebida, sobremesa e café. 

Tabela 2: Preço médio da refeição completa 

PREÇO MÉDIO DA REFEIÇÃO COMPLETA: R$ 51,61 – alta de 10,8% 
Comercial Completo  Autosserviço  Executivo  “a la carte” 
R$ 37,44  R$ 47,87  R$ 55,63  R$ 96,44 
9,2%  10,7%  10,1%  19,8% 

Custo mínimo – A pesquisa aponta também o custo mínimo de uma refeição básica, no valor de R$ 31,00, caso o trabalhador opte pelo chamado “prato-feito” apenas com arroz, feijão, uma proteína, suco ou uma fruta.  

Em comparação ao ano passado, o aumento no preço da refeição básica foi de 4,7%, próximo ao IPCA do IBGE dos últimos 12 meses, que ficou em 4,3% no acumulado até junho. O custo do “prato feito” varia conforme a região, sendo maior no Sudeste e no Sul, e menor no Norte.  

Tabela 3: “Prato-feito” média Brasil 

“PRATO-FEITO” MÉDIA BRASIL: R$ 30,8 – alta de 4,7% sobre o 2º Trim/2023 
SUDESTE  SUL  NORDESTE  CENTRO-OESTE  NORTE 
R$ 31,90  R$ 30,99  R$ 29,39  R$ 28,12  R$ 28,11 

Benefício melhora a alimentação – Para a ABBT, o resultado da pesquisa reforça a importância do Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT), na medida em que propicia, e até induz, a compra de uma alimentação saudável e com qualidade nutricional.  

A pesquisa aponta que o trabalhador usuário do vale-refeição consome 43% mais feijão, arroz, salada e 33% mais carne, quando se compara com aqueles que não possuem esse benefício. Isso demonstra a relevância do PAT como programa social, sendo o mais importante para o trabalhador brasileiro.  

 

Na Tabela 4 estão os preços e as respectivas variações nas principais capitais brasileiras: 

Tabela 4: Preço médio da refeição completa nas capitais brasileiras 

CAPITAIS BRASILEIRAS  2024/2023 
Florianópolis: R$ 62,54          11%   Curitiba: R$ 47,86                10% 
Rio de Janeiro: R$ 60,46        12%  Brasília: R$ 47,16                 14%  
São Paulo:  R$ 59,67              12%  Aracaju: R$ 46,50                  17% 
Natal:  R$ 56,18                       8%  Cuiabá: R$ 46,40                   9% 
Recife: R$ 55,13                     12%  Manaus: R$ 46,28                  8% 
Vitória: R$ 54,67                     12%  São Luiz: R$ 45,94                13% 
Maceió: R$ 54,32                    11%  Porto Alegre: R$ 44,43         19% 
Campo Grande: R$ 53,24      8%  Fortaleza:  R$ 42,38              13% 
Salvador: R$ 53,37                15%  Belém: R$ 41,44                    12% 
Palmas: R$ 51,39                   8%  Belo Horizonte: R$ 37,63      15% 
João Pessoa: R$ 49,86          17%  Goiânia: R$ 37,18                  12% 
  Teresina: R$ 36,46                10% 

 

Impacto de 36% sobre os salários – A pesquisa contratada pela ABBT também busca mostrar o impacto do preço da alimentação fora do lar sobre o salário dos brasileiros, que segundo o IBGE estava em R$ 3.123,00 no primeiro trimestre deste ano.  

Desta forma, para se alimentar por 22 dias por mês com o “prato feito”, o trabalhador precisaria de R$ 678,00, equivalente a 21,7% do salário médio estimado pelo IBGE. Porém, se o trabalhador optar por uma refeição comercial completa o valor sobe para R$ 823,68, com impacto de 26,4% no salário médio do trabalhador. Considerando o preço médio da refeição completa nas quatro categorias pesquisadas, o valor aumenta para R$ 1.135,42, com impacto de 36,4% no salário médio.  

Metodologia – O estudo foi realizado de março a maio de 2024, em 4.502 estabelecimentos comerciais, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal. No total foram pesquisadas 51 cidades, com 5640 preços coletados. A pesquisa foi encomendada pela ABBT à empresa Mosaiclab, especializada em pesquisa de mercado. 

Sobre o PAT – O Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT) é um programa governamental de caráter social, criado em 1976 pela Lei nº 6.321, sendo considerado um dos mais bem-sucedidos e consolidados do mundo. As empresas que aderem ao PAT conquistam isenção de encargos sociais e dedução fiscal. O objetivo é melhorar as condições nutricionais dos trabalhadores, o que repercute de maneira positiva na qualidade de vida, na redução de acidentes de trabalho e no aumento da produtividade. Atualmente o PAT beneficia mais de 22 milhões de trabalhadores de aproximadamente 300 mil empresas. Uma rede conveniada de 800 mil estabelecimentos em todo o Brasil atende aos trabalhadores beneficiados.